Textos texts

A ÚLTIMA ALMÔNDEGA

Publicado em Textos no dia 25/09/2014

 

 

D1 (Medium)

 

 

 

 

 

 

Escrita em 2013, a Última Almôndega é uma obra que conjuga teatro e artes plásticas. Com mais de 70 desenhos, essa comédia irreverente surge de um desejo de criar uma história em quadrinhos que acaba virando uma peça de teatro…é nesse trânsito entre linguagens que se funda essa experiência criadora.   Segue PDF com texto e imagens:  A ULTIMA ALMONDEGA TEXTO DEFINITIVO 2014 com desenhos  Segue o link no youtube da leitura dramática: A última almôndega

CARVÃO

Publicado em Textos no dia 25/10/2020

Texto da exposição CARVÃO – MUNCAB, Museu Nacional da Cultura Afro Brasileira. Salvador – BA, 2019

Essa exposição surgiu da urgência de fazer arte, coisa que artista tem muito e faz por isso. A urgência sempre esbarra em dá e não dá. Daí surgiu o carvão e deu arte sem produto-coisa, não-objeto, custo zero. Riscar na parede o carvão.

O carvão de pau queimado dá para desenhar em qualquer superfície. Uma matéria tão antiga, ancestral. Registro simples, frágil e duradouro se ficar numa caverna bem escura. Fixa fácil mas sai fácil também.

Fácil também é desenhar com ele. Risco, desenho de mar, de gente, de carro, de bicho, nada muito desconhecido, tudo significante, tudo substantivo.

Tudo substantivo inclusive as paredes, as janelas e a luz da exposição. Na exposição, desenhos gigantes. Há algo de solene e grandioso neles como nas cavernas pré-históricas, sentimento respeitoso, aurático: a exposição não era para ser assim…

Não era para ser assim, foi piorando, foi ficando confusa, sem sentido, associações pareadas, dípticos, trípticos, ancestralidades, afro-descendências, questões de gêneros, alegorias, cachorro latindo, garças, cheiro de pneu queimando, peão de obra trabalhando…tudo assim porque ficou tudo unido, polissêmico, sem autor, sem nome, só carvão. A não-autoria deu, para surpresa de todos, a possibilidade de anulação positiva; um desprendimento numa atemporalidade comum, contemporâneos.

Contemporâneos por não saber o que estamos fazendo, sem distância temporal das coisas, uma realidade gigante demais para entender, indefinível ainda, imagem projetada e projetiva. Desambiguar delas mesmas.

Elas mesmas desaparecerão para se completarem, esse pó preto e fininho vai sair da parede, sumirá tudo … dissolução narrativa, espírito do tempo, invisível de novo. A exposição se completa no apagamento, no retorno ao nada de novo.

Ricardo Bezerra

Para ver a exposição clique aqui:

3 Peças: desenhos e Pinturas – texto da exposição

Publicado em Textos no dia 29/10/2013

35 (548x800)Um criado mudo é outro desses lugares onde se alojam essas coisas misturadas como um relógio que um dia pensa em arrumar, uma caixinha de plástico, um manual de celular; são espaços pessoais que mesmo nós os donos, dificilmente lembramos o que e por que os deixamos lá….Para a arte, são arqueologias que criam pequenas narrativas visuais independentes das origens e destinos, jogar o jogo lúdico das poéticas visuais, um olhar que constrói um pensamento visual na descoberta do olhar a forma…..

Para ler o texto clique aqui texto da exposição 3pecas

 

 

Para ver a exposição clique abaixo nas imagens